Review Genshin Impact

Genshin Impact conseguiu a atenção do público rapidamente, desde o momento do seu anúncio em 2019 por seus belos gráficos, mundo aberto colorido, personagens carismáticos, sistema de combo elemental e, principalmente, por sua similaridade com Legend of Zelda: Breath of the Wild. A similaridade era tanta que alguns fãs da franquia da Nintendo até foram protestar contra a miHoYo, produtora e distribuidora do jogo, durante da China Joy Gaming Expo.

Entre fotos comparando os jogos e acusando a produtora chinesa de plágio, uma enxurrada de dedos do meio sendo mostrados ao lado de um Nintendo Switch e um cosplayer de Link pousando em frente ao stand da Sony, um fã mais exaltado (pra não dizer outras coisas) quebrou o PlayStation 4 dele, jogando-o violentamente no chão. Diante desse protesto tão eficiente, a miHoYo cancelou o jogo e nunca mais ouvimos falar de Genhin Impact.

Só que não!

Review Genshin Impact e os Protestos

Provavelmente ele comprou outro console no mesmo dia e a vida seguiu em frente e, por mais que esses fãs de Zelda tenham ou não razão em seu protestos, o game foi lançado e o sucesso de Genshin Impact é inegável, com 17 milhões de downloads nos 4 primeiros dias de lançamento, mais de 150 mil jogadores simultâneos vivendo suas aventuras no mundo de Teyvat, milhares de horas de vídeos no Youtube e Twitch e um faturamento médio de mais de 1 bilhão de dólares para a empresa chinesa em pouco tempo, superando games famosos como Pokémon Go e Clash Royale.

O game traz uma série de personagens divertidos, carismáticos, centenas de horas de conteúdos para você explorar em um vasto mundo aberto que promete ficar ainda maior com o passar dos anos (a empresa já confirmou que tem planos para o game pelos próximos dez anos) e ainda oferece inimigos em dungeons para serem exploradas, sozinho ou acompanhado, uma história envolvente e itens a serem coletados, fortalecidos e, em cima de tudo isso, um viciante sistema de gacha que se esforça para te fazer gastar mais e mais a cada lançamento de um novo personagem.

Porém todo esse ódio e amor é justificado? Genshin Impact é tão bom (ou tão ruim) quanto essas polêmicas e números astronômicos faz parecer?

Os viajantes chegam a Teyvat em Genshin Impact

A história começa com a narração sobre um conto de dois irmãos viajantes, exploradores de mundos desconhecidos que encontram um lugar chamado Teyvat. Quando eles estão para partir daquele lugar, eles são atacados por uma deusa desconhecida que alega ser a “sustentadora dos princípios celestiais” e que dará um fim na arrogância da humanidade, então, ela ataca os jovens aventureiros que começam a voar e lutar com suas espadas.

Uma explosão acontece e agora você deve escolher entre um dos dois irmãos para ser o seu avatar no mundo: o rapaz (Aether em inglês, Kōng em chinês, Sora em japonês, Gong em coreano) ou a garota (Lumine em inglês, Yíng em chinês, Hotaru em japonês e Hyeong em coreano). Você pode renomeá-los como quiser ou manter o nome original, mas os NPCs sempre lhe chamaram apenas de “Viajante”, mesmo que nas legendas o seu nome seja exibido.

Mondstadt – A cidade da Liberdade

Neste confronto, um dos dois (aquele que você não escolheu) será capturado pela deusa desconhecida e desaparece, enquanto o seu personagem tem os poderes selados e é jogado no mundo de Teyvat. Você está ao lado de Paimon, uma pequena fada flutuante que você conheceu acidentalmente enquanto pescava (você pescou ela) e parte junto da fadinha para a primeira cidade, Mondstadt – A Cidade da Liberdade. No meio do caminho você encontrará os primeiros tutoriais do jogo, seus primeiros monstros e o seu primeiro poder: a manipulação de vento (aqui chamado de Anemo). Com ele o jogo começa a explicar o sistema das reações elementais do game, que consistem em combinar os elementos para causar o máximo de dano.

Ainda no caminho, você encontrará um misterioso garoto de roupas verdes tocando sua lira para um gigantesco dragão e a primeira personagem que você ganhará no jogo, a Aventureira Amber. Uma arqueira capaz de manipular o fogo (chamado de Pyro), que te guiará até a cidade. Durante a conversa com Amber, você terá as suas primeiras decisões no jogo que, embora não afetem em nada o rumo da história, garantem alguns momentos divertidos ou emocionantes, como, por exemplo, dizer se Paimon é a sua mascote ou sua comida de emergência.

Você se envolverá com diversos personagens em sua jornada pela cidade de Mondstadt, como a capitã dos Cavaleiros de Favonius, Jean; o galante Kaeya e seu meio-irmão adotivo, o reservado Diluc; a bela bibliotecária Lisa; a acólita idol Bárbara; e o bardo bon-vivant Venti (que na verdade é o próprio deus do elemento vento – aqui chamado de Arcontes – Barbatos) na luta contra o dragão Stormterror, um antigo deus menor protetor da cidade de Mondstadt que, por algum motivo desconhecido, passou a atacá-la.

Nesta sua primeira luta, você encontra com alguns outros inimigos que serão frequentes em sua jornada, como os Fatui e a Ordem do Abismo, essa última sendo a mais importante pois, de alguma forma, é nela em que o seu irmão gêmeo foi parar e agora é conhecido como “príncipe/princesa do Abismo”. Entre os Fatui, o destaque fica pela misteriosa La Signora, que está roubando as gnosis (um artefato de poder divino) dos arcontes e os reunindo por algum motivo desconhecido.

Mondstadt está salva e o dragão Stormterror está livre do controle da Ordem do Abismo voltando a sua vida reclusa já que não pode mais proteger as pessoas que ama na cidade da liberdade. Venti lhe explica que não sabe nada sobre a estranha deusa desconhecida, mas que talvez um dos outros arcontes saiba algo.

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Liyue – A Cidade dos Contratos

Após a sua jornada por Mondstadt, é hora de seguir para a segunda cidade, Liyue – A Cidade dos Contratos. O lugar é uma cidade portuária protegida pelo deus do elemento pedra/terra (aqui chamado Geo), Morax (que também é o criador da moeda corrente no mundo, chamada de Mora). Todos lá são fortemente guiados por um senso de honra da palavra dada e contrato firmados. Desrespeitar um contrato é uma ofensa grande ao Arconte Geo e por isso, a cidade é conhecida por seus vários comércios, restaurantes e lojas.

Chegamos na cidade exatamente no momento em que, durante um festival de honra a Morax, o corpo de um gigantesco dragão cai do céu deixando todos atônitos com a visão do seu arconte morte: Morax foi assassinado e as suspeitas caem exatamente na pessoa recém-chegada de roupas estranhas. Você, é claro! Em sua fuga você conhece o audaz Tartaglia, um membro dos Fatui que o ajuda a fugir e irá lhe ajudar a limpar seu nome. Ele te leva até o nobre Zhongli, funcionário da Funerária Wangsheng.

Nesse ponto os guardas esqueceram que estavam te procurando e você irá junto com Zhongli organizar o funeral de Morax, recolhendo os melhores e mais nobres itens para um funeral digno de um deus, enquanto tenta descobrir quem matou o poderoso dragão. Neste caminho, você conhecerá os adeptis, deuses menores de Liyue e outros personagens como a poderosa Tianquan (uma espécie de governadora) de Liyue, Ningguang; suas ajudantes Ganyu e Keqing; o farmacêutico Baizhou e a personagem mais fofa do jogo, a zumbi Qiqi.

Sua jornada continua até que você descobre que tudo não passou de um plano dos Fatui para acordar o antigo deus Osial e destruir Liyue. Para tentar impedi-lo você deverá lutar contra Tartaglia em sua forma mais poderosa, chamada de Childe, e frustrar os planos dos Fatui. Você vence a luta mas é tarde demais, Osial despertou e você precisa se reunir com todos os adepti e Ningguang na magnífica Câmera de Jade para destruir o deus ancião. Vencendo-o, você novamente se reunirá com Zhongli e descobrirá a verdade: tudo foi planejado por ele.

Zhongli, a manifestação física de Morax, forjou sua morte com a ajuda dos Fatui, para que Liyue pudesse finalmente prosperar sem a sua ajuda. Ele desistiu do seu posto de divindade entrega a La Signora a sua gnosis a ela. Tanto você quanto o próprio Tartaglia foram usados no plano de Morax. Infelizmente Zhongli não sabe nada sobre a deusa desconhecida e é hora de você seguir em frente, em direção a Inazuma, a cidade reclusa da Arconte do elemento elétrico (chamado de Electro) em busca da irmã(o) desaparecido e respostas.

E tudo isso é só nos dois primeiros capítulos! O jogo ainda tem diversas histórias paralelas e eventos que acrescentaram muito mais informações a esse enredo, sem contar o número crescente de personagens que tem histórias entrelaçadas a sua jornada, tanto que já passaram ou os que ainda estão por vir. Portanto, essa história ainda está longe de acabar.

Começou a jogar Genshin Impact? Então veja esse guia para iniciantes com dicas para começar bem no game

Requisitos Mínimos e Recomendados

Genshin Impact não é um game leve. Embora seus gráficos de anime possam não parecer tão sofisticados quanto um Resident Evil VII Village e seu ray tracing de última geração, mas o jogo possui um alto número de coisas acontecendo na tela simultaneamente e a necessidade de uma troca rápida de personagens para que você possa causar o maior dano possível, então, você precisará de hardware que responda rapidamente os seus comandos. Também é obrigatório a conexão constante com a internet.

Requisitos Mínimos:

Requisitos Recomendados:

Alguns modelos de celulares de baixo e médio orçamento podem rodar do game em configurações mais baixas enquanto alguns modelos mais avançados podem não conseguir o mesmo desempenho, por não terem sido planejados para jogos e outros certamente conseguem fazer o jogo rodar com a mesma capacidade de um PC. O jogo exige os seguintes requisitos para jogar no smartphone.

Requisitos Recomendado Mobile:

Além dessas plataformas, o jogo está disponível para PlayStation 4 e PlayStation 5. Atualmente, o game conta com crossplay entre as plataformas PC e mobile, mas de acordo com os rumores divulgados pelo Genshin Report no Twitter, a versão 2.0 do jogo trará o crossplay entre as plataformas PC e mobile com PlayStation e ainda a tão aguardada versão de Nintendo Switch.

É Zelda ou não é?

Não há como negar as semelhanças visuais entre Genshin Impact e The Legend of Zelda: Breath of the Wild. Ambos os jogos apresentam ambientes de mundo aberto para explorar que estão repletos de tesouros para encontrar, paredes para escalar e monstros caprichosos para lutar. O arco e flecha e a esgrima de Genshin Impact parecem extremamente semelhantes aos da Nintendo à primeira vista, e o colorido estilo gráfico do anime em cel-shaded lembra muito o de Zelda.

Dito isso, o sistema de grupos de Genshin Impact imediatamente o diferencia de Zelda e outros RPGs de mundo aberto. Você recruta ativamente novos personagens jogáveis em seu grupo conforme avança na história, e cada um deles possui estilos de ataque e habilidades únicas. Há alguma similaridade entre os personagens, com certeza: por exemplo, heróis empunhando espadas têm animações de ataque exclusivas, mas todos eles apresentam os mesmos sistemas de combate e são funcionalmente semelhantes.

Você pode ter até quatro personagens no grupo ativo, mas apenas um pode estar em campo a qualquer momento, mas você pode trocar entre os membros do grupo rapidamente, levando a uma explosão de ataques combinados e efeitos de partículas que são um espetáculo visual na tela. Além disso, as músicas são encantadoras e encaixam bem no clima do jogo e da situação que está acontecendo no momento.

Uma das mais bonitas, na minha opinião, é a que toca enquanto você explora o mapa Toca do Stormterror. Ela continua tocando até quando você começa a lutar e dá um ar de serenidade e paz ao lugar. Maravilhoso.

O game funciona através do sistema e gacha, ou “caça-níqueis”. Para conseguir mais personagens ou armas melhores, você precisa realizar os “desejos”, que consomem um tipo de moeda premium chamada Primogem. Você ganhará elas fazendo missões, liberando conquistas, abrindo baús e outras coisas. Com 160 delas você pode fazer um desejo e, em cada 10 desejos é garantido que você ganhe um personagem ou arma de 4 ou 5 estrelas (a classificação da raridade dos personagens). Ao fazer 90 desejos, é garantido que você receberá uma arma ou personagem de 5 estrelas.

Claro que essa será a sua principal meta do jogo, conseguir sempre os personagens mais fortes ou mais legais (ou que você gostou) e é aí que o jogo tenta te fazer gastar dinheiro real, comprando cristais e pacotes de facilidades para que você avançar no jogo. Além disso, mesmo com as probabilidades aumentadas de que você ganhe aquele novo personagem do banner de 5 estrelas, outro personagem 5 estrelas mais “comum” pode vir no lugar dele.

Por falar nos personagens, existem muitos e virão muitos mais. Aqui você pode ver a lista completa dos personagens que estão disponíveis e alguns que ainda virão no futuro. Colecioná-los é uma das coisas mais legais a se fazer no jogo e, mesmo que você não os use ativamente, eles ainda terão várias histórias e diálogos de voz que são liberados conforme você aumenta o eu nível de amizade com eles. Esses diálogos são coisas simples, como saber qual é a sua comida preferida ou um desejo de bom dia e outros são opiniões sobre os outros personagens.

Conforme você aumenta a amizade, alguns diálogos revelam que estes personagens realmente passam a gostar de você. Alguns dos personagens tem histórias tristes, como Bennett ou Qiqi, e ver que eles começaram a sentir-se parte de uma família e que tem alguém que se importa com eles deixa até um quentinho no coração.

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Não! Não é Zelda

Outra coisa que o diferencia do tão famoso game de Zelda é que Genshin Impact possui um sistema elemental expansivo e cheio de nuances que está vinculado ao sistema de grupo do jogo. Cada personagem tem uma afinidade elemental designada, seja ar, fogo, água, relâmpago ou gelo. Além de seu combo corpo a corpo padrão e um ataque pesado, cada personagem tem um ataque especial, específico para um elemento ao qual está ligado a um pequeno medidor de cooldown após usá-lo.

Esses especiais incluem escudos de deflexão automática de energia, contra-ataques potentes, formações de espadas em espiral, rajadas mágicas simples e ataques de área de efeito. A utilização efetiva desses ataques elementais é extremamente importante, já que a maioria dos inimigos tem seus próprios ataques de afinidade elemental e fraquezas que os tornam difíceis de lidar se você usar apenas ataques corpo a corpo.

Não apenas Genshin Impact incorpora magia elemental em seu combate, mas o jogo também combina efeitos de status com esses sistemas. O resultado é um poço de profundidade surpreendente que aumenta o desafio. Cada ataque elemental aflige seu alvo com um efeito de status, bem como o dano básico do próprio ataque. Ataques de fogo, por exemplo, deixam as vítimas queimando por vários segundos após o ataque inicial. Os ataques de gelo retardam os movimentos dos oponentes.

Depois que um status é colocado no alvo, o inimigo se torna suscetível a ataques elementais adicionais que causam uma reação em cadeia. Isso é o que torna o combate de Genshin Impact genuinamente interessante.

Um alvo que foi encharcado congela sólido ao ser atingido por um ataque de gelo. Um inimigo resfriado por um ataque de gelo torna-se supercondutor quando atingido por um raio, incapacitando sua defesa e causando grande dano aos alvos próximos. Há uma infinidade de combinações para brincar enquanto você joga, e a lista de personagens felizmente grande significa que você pode experimentar o quanto quiser enquanto explora o mundo.

E os problemas?

Claro que Genshin Impact tem problemas. Bugs? Claro que eles estariam presentes em um jogo de mundo aberto do tamanho do projeto que a miHoYo está criando. Você encontrará situações engraçadas, como inimigos te mandando para longe com um ataque, personagens sobrepostos ao entrar ou sair de um domínio, às vezes o jogo não carrega o cenário e você estará no chão de terra enquanto os NPCs voam sobre você. Isso é o mais comum de acontecer, mas, até agora ninguém encontrou um bug que simplesmente quebra o game e o torna não jogável.

Alguns jogadores encontram exploits e, como sempre, não é recomendado ficar usando pois isso pode causar banimento da conta e, o único que eu queria poder fazer é o que deixava a Paimon flutuando ao seu lado o tempo todo. Acho que este é um ponto positivo considerando o tamanho do game. Não há nada que cause crashs ou travamentos irrecuperáveis.

O game é bem estável no geral e os bugs são causados muitas vezes pela necessidade da conexão com a internet, como aqueles momentos em que o personagem ou o inimigo simplesmente desaparece e reaparece com toda a sua energia restaurada porque houve um momento de desconexão e o jogo não registrou o seu dano. É um tipo de problema que não aconteceria em um jogo offline, por exemplo.

Talvez o principal problema do jogo seja o seu modelo de negócio. Genshin Impact é um jogo grátis e seria bobagem reclamar de seu sistema de gacha. Não adianta dizer que é injusto não ter acesso aos personagens que quer porque os outros jogos saem completos ou qualquer tipo de reclamação desse tipo. Esse é o jeito do jogo ganhar dinheiro e nada mudará isso! Mas, sendo um jogo como serviço, Genshin Impact te obriga a jogar todos os dias para não ficar para trás e perder a oportunidade de coletar recursos.

Você logará, fazer suas missões diárias, tem que gastar suas resinas, aí fazer a rota dos artefatos, coletar as especialidades de Mondstadt, coletar as especialidades de Liyue, enfrentar os chefes de elite e recolher as recompensas da exploração com a Katherine, fazer as requisições dos moradores, recolher as recompensas do passe de batalha e isso se repete infinitamente enquanto você não tem nada de mais interessante para fazer pois todas as quests do modo história já foram feitas e você não tem nem como jogá-las novamente.

Isso se torna chato e, para compensar a falta de um novo conteúdo grande, eles lançam eventos periódicos. Alguns duram dias, tem uma infinidade de histórias, como foi o Festival das Lanternas que aprofundou os jogadores na história do personagem Xiao, ou “O Príncipe de Giz e o Dragão”, em que exploramos a Montanha Espinha do Dragão e conhecemos o personagem Albedo são legais, mas são eventos especiais que acompanham uma grande atualização. Enquanto não temos essa atualização grande, o jogo fica repetitivo ou recebe alguns eventos menores que envolve ficar matando monstros indefinitivamente.

Outra reclamação dos jogadores é a quantidade de Resina. A resina é um limitador do jogo que é usada na hora de coletar artefatos e itens de upgrade. Todos os dias você tem 160 delas e deve usá-las para coletar as recompensas dos domínios ou dos chefes de elite. É possível usar o dinheiro real para comprar mais cristais e trocá-los por primogens e trocar as gemas por resina, mas é claro, isso depende do quanto você está disposto a gastar dinheiro nisso. Esse limitador, dizem os boatos, é uma trava para impedir que os jogadores passem tantas horas jogando a ponto de morrer na frente do PC, algo que, infelizmente, não é incomum na China, por exemplo.

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Mais Personalidade, por favor

Meu principal problema com o jogo não são os bugs e nem as resinas, e sim a falta de envolvimento dos personagens com a história do jogo. Você conversará com uma infinidade de NPCs iguais e terá respostas genéricas para tudo e, na realidade, não é nem você que responde a eles e sim a Paimon. Ela falará tudo por você, enquanto o seu protagonista olha e fica calado. E se você mesmo pouco fala, quem dirá os outros personagens!

O Festival das Lanternas de Liyue foi a maior mentira do jogo, pois no trailer você vê os personagens lá interagindo, vendo as barracas e tem até um show da Xinyan, mas no jogo mesmo, nenhum deles está presente. O trailer de apresentação da mecânica do Bule de Relachá também te engana bastante, já que os personagens (quando puderam ser adicionados), só ficam lá parados e ainda custam muitos pontos para serem adicionados.

Seria interessante se os personagens que estão ali no seu grupo, naquele momento, pelo menos aparecessem com você nas cutscenes dizendo frases chaves em momentos pontuais como “O que está acontecendo?”, “O que aconteceu aqui?”, “Como podemos ajudar?”. Se cada personagem tivesse, pelo menos, cinco variações dessas frases chaves e eles aparecessem nas cutcenes, você teria uma variedade de combinações tão grande que demoraria muito até você perceber que elas são repetidas.

Mas, afinal, é bom ou não é?

Resumindo, sim! Genshin Impact é muito bom. Ele tem seus problemas, como qualquer jogo de mundo aberto, bugs e alguns probleminhas pontuais (quem não lembra dos mamutes voadores de Skyrim) mas nada que atrapalhe o jogo. O maior problema é a sua repetição excessiva enquanto não há um conteúdo realmente grande liberado para você jogar. A miHoYo lança uns eventos esporádicos para chamar a atenção dos jogadores novamente, mas não será nada de tão especial e diversificado. Erá apenas algo tipo entre numa dungeon e mate monstros.

Ele não tem nenhum elemento competitivo ou PVP e o seu multiplayer é bem limitado. Você entrará no mundo de outro jogador, poderá explorar com ele, ajudar na luta contra os chefes de elite ou completar dungeons, mas é só isso. Tente se afastar muito do anfitrião do mundo e você provavelmente será expulso do mundo, pois será possível que qualquer um colete os recursos disponíveis nele.

A não ser que você jogue com um amigo próximo, o multiplayer com um completo estranho se resumirá a, no máximo, completar um domínio até que as suas (ou as do anfitrião) resinas acabem e você saia do multiplayer, ou seja, expulso por se afastar e ir em direção a um recurso como uma flor ou minério. Em eventos como o Labirinto do Vento ou o Teatro Mechanicus, em que a interação multiplayer acontecia em um espaço fechado, é possível se divertir com estranhos. Mas, no jogo normal, você passará a maior parte do tempo no singleplayer.

Sua nova companheira na hora de caçar cococabras

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O que realmente prende a atenção dos jogadores são as histórias e os personagens do jogo. Cada vez que um personagem muito aguardado está próximo de sair, os grupos de discussão do game fervem em especulações, teorias e informações, vazadas ou oficiais. Gente mostrando orgulhoso que conseguiu o novo personagem, pessoas desdenhando do personagem, alguns esperançosos em pegar o personagem ou aqueles que simplesmente declaram que vão esperar o próximo. Cada novo personagem é um evento a parte nos grupos. É como um grupo de colecionadores empolgados com a sua nova aquisição.

Não se engane com as caras bonitinhas das waifus e husbandos. O jogo VAI TENTAR de todas as formas te fazer gastar dinheiro nele! Meu conselho é: Se você tiver e o jogo estiver te divertindo, por que não? Um jogo triple A da qualidade de Genshin Impact, atualmente, custa certa de R$ 150 a R$ 250, então, comprar um passe de batalha por R$ 52,00 não vai acabar com a sua conta bancária.

De fato, se Genshin Impact nasceu como um clone de Legend of Zelda Breath of the Wild isso já ficou para trás a muito tempo. Você pode ter ainda animações similares em questão de escalar, uso de estamina, planar ou qualquer coisa, mas as mecânicas de combate e principalmente a variedade de personagens novos e cativante dão ao Genshin Impact uma enorme diferença das aventuras de Link nos consoles da Nintendo e, em alguns casos, Genshin Impact supera o seu “original”.

Onde Comprar?

Genshin Impact: Grátis
Genshin Impact Android: Grátis
Genshin Impact iOS: Grátis
Genshin Impact na Epic Games: Grátis

Genshin Impact

Desenvolvedora: miHoYo
Distribuidora: miHoYo
Plataforma: PlayStation 4, Nintendo Switch, Android, Microsoft Windows, PlayStation 5, iOS
Nota: 9/10

Prós:

• Jogo Grátis com muito, muito conteúdo;
• Personagens carismáticos e divertidos;
• História envolvente, divertida e emocionante;
• Linda trilha sonora;
• Excelente mecânica de combate e estratégia com os elementos;

Contras:

• Jogo como serviço que obriga logins diários e demasiada atenção;
• Game grande e pesado. Requer um bom HD ou celular com muito espaço;
• Pouco envolvimento dos personagens na história;
• A loja de cash é cara demais;

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