Ritual: Crown of Horns foi um game que na hora de pegar falei: “Nossa, que arte maneira, com tema de velho oeste, o jogo deve ser brabo.” Infelizmente, os pontos positivos acabam no seu belo visual e temática; Mas enfim, segue comigo aqui no post que você vai entender cada detalhe do joguinho!
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História de Ritual: Crown of Horns
Então, o game conta a história de Goodchild, um homem da lei na época de velho oeste que tinha a missão de localizar uma bruxa muito perigosa. Ao chegar em seu objetivo, ele sofre uma emboscada de homens sobrenaturais com chifres de animais. Então, ele é trazido de volta ao mundo dos vivos PELA BRUXA QUE ELE DEVERIA MATAR, e acaba se forçando a juntar a ela para enfrentar um inimigo em comum. Na história, você literalmente atravessa todo o território dos EUA para conseguir cumprir seu objetivo, matando e exorcizando demônios.
Ok, agora que sabemos como é a história, vamos ver os seus problemas;Ritual: Crown of Horns rusha a história no começo, fazendo com que você tenha 0 empatia com qualquer um dos personagens, e também não se importando com a relevância deles para a história do game. Certos personagens aparecem após uma ou outra fase onde você libera alguma coisa, e ficam na HUB como uma loja; Mas, esses mesmos personagens simplesmente SURGEM, sem mostrar da onde vieram e sem ter uma história profunda. A aliança forçada do personagem principal com a bruxa, na verdade torna a história ainda menos interessante; Porquê quando acaba falhando em alguma fase você não tem nenhuma MOTIVAÇÃO da história do jogo para continuar seguindo em frente em seu caminho até dar certo.
Jogabilidade
A jogabilidade de Ritual: Crown of Horns é um tanto quanto peculiar. O jogo é um slaughterhouse, então não deveria ser muito difícil sair por aí com suas armas matando personagens e protegendo a bruxa, certo? Errado! O jogo conta com uma dificuldade MUITO grande, tanto que, vendo as estatísticas de conquistas na Steam, o jogo nunca foi 100% concluído por nínguem, e para fechar 100%, é basicamente apenas zerar o jogo. A dificuldade não é um ponto positivo para o game, como Dark Souls e outros games do gênero tem; Isso, na verdade tira o ponto de ser um game casual para passar o tempo e joga para um outro nível; Fazendo com que na verdade o jogo seja um mix de confusões para ser definido.
Enfim, na gameplay, seu objetivo é proteger a bruxa de certos monstros e demônios que apareçam para você matar. A variedade de inimigos é legal, cada um com seu movimento, uns te atacam, outros focam na bruxa, alguns tem escudos, e por aí vai. A jogabilidade é simples, o jogo é uma maneira top-down, onde você tem uma mira automática no inimigo e espera aparecer uma caveira em sua cabeça para o seu tiro dar mais dano. Você tem também dashes e habilidades especiais que podem ser compradas com um dos inúmeros personagens inúteis que você vai habilitando durante a história.
Combate
Durante o jogo você também libera algumas armas diferentes, que tem efeitos diferentes, como é o exemplo da Crossbow e da Shotgun. A shotgun não é single target como a pistola, porém tem um alcance mais curto e menos balas no pente; A Crossbow tem apenas uma bala mas ela atravessa adversários, sendo perfeita quando os demônios estão em uma linha reta; MAS, como nada é perfeito, as vezes você perde seus momentos de dar uma boa bala devido aos comandos não responderem direito ou coisa do tipo, já que a jogabilidade tem diversos problemas.
Os itens tem como papel principal te dar algumas vantagens, como munições extras para sua arma, velocidade de movimento ou cura por segundo; Mas, acaba que a dificuldade do jogo é tão grande, que mesmo que você libere algo, a sua ajuda se torna pífia em relação a dificuldade toda do jogo.
Gráficos
Bom, os gráficos de Ritual: Crown of Horns também não tem nada de surpreendente; É um jogo bonito, admito, mas nada de inovador ou diferente no mercado.
A forma que os personagens aparecem durante os diálogos sim, merecem muito destaque, são desenhos muito bonitos que passam aquela sensação sombria e macabra, como se você soubesse que está mexendo com algo que não deveria. Mas, de qualquer forma, dentro do game mesmo, a arte é bem feita, porém tosca; Não adiciona um ponto a mais para o jogo por ela, apenas não retira os poucos que o mesmo já tem. Por ser um game top-down, os criadores optaram por não mostrar as faces dos personagens, fazendo com que sejam literalmente sprites sem rostos andando pra lá e pra cá dando uns tiro maneiro.
Áudio
Esse é o melhor ponto de Ritual: Crown of Horns, porém o menos relevante para um game do seu gênero. A trilha sonora é maneira, a sensação que te dá quando você explode uma cabeça de um demônio também é muito legal no som. Entretanto, apesar de todos esses pontos serem muito legais, acaba sendo completamente irrelevante para você querer continuar jogando o jogo ou não, já que o áudio não vai te animar após morrer pela 43763 vez na mesma fase.
De qualquer forma, méritos precisam ser dados pelo áudio, parabéns para a equipe.
E aí, vale a pena comprar Ritual: Crown of Horns
Geralmente aqui no site quando digo que um jogo é ruim mas me diverte, quero dizer apenas que não vale o preço cheio, mas que as vezes em promoção pode ser um jogo que valha algumas horinhas de divertimento. Isso não acontece em Ritual: Crown of Horns. O game sinceramente não fez nada além de me estressar, e quando cogitei a possibilidade de eu ser horrível no jogo, vi algumas páginas na internet também reclamando que sua dificuldade não era algo possível e divertido. Então, mesmo em promoção não posso de maneira nenhuma indicar esse jogo para ninguém, já que no mesmo gênero temos jogos muito mais legais.
Enfim, caso queira adquirir o game, o mesmo sai por R$37,99 na Steam.