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Psychonauts 2 Review/Análise

Psychonauts 2 Review/Análise: Psychonauts 2 é uma experiência e tanto. Tudo pode ser cuidadosamente criado, focando em detalhes que, às vezes, deixamos passar despercebido. Tudo dentro desse game foi bem pensado, muito bem distribuído e também executado. O cenário, o backgroud dos personagens, detalhes que se estende até mesmo a trilha sonora que nos guia em momentos mais intensos e descontraídos. E, é por isso, que esse jogo nos faz pensar que é muito mais complexo do que parece na primeira olhada. Mas isso não significa que é sempre algo enigmático, é simples, porém pensado de uma maneira bem diferente!

O jogo é um desenvolvimento de Double Fine, que também foi o mesmo estúdio que fez a primeira versão de Psychonauts lá em 2005. Passando-se os anos, mais precisamente 16 anos, tivemos uma continuação daquilo que já era bom. Porém dessa vez numa geração de consoles mais recente e com muito mais poder. Psychonauts 2 está disponível agora para Xbox One, Xbox Series S/X, Playstation 4/5 e PC. E, também, podendo ser achado no catálogo do Xbox Game Pass a partir de 26 de agosto.

Psychonauts 2 review/análise
Psychonauts 2 review/análise

Psychonauts 2 só foi ser anunciado lá pra meados de 2015. Nesse período, momento em que estava em desenvolvimento, a desenvolvedora foi comprada pela Microsoft. O seu primeiro jogo teve um início bem conturbado no lançamento. O jogo sempre muito bom, mas demorou para ser reconhecido. O jogo só veio se destacar após ser lançado para diversas plataformas, sendo assim, atingindo um público maior e o reconhecimento era uma questão de tempo, não deu outra!

A continuação que foi lançada dia 25 de agosto de 2021 tem tudo para bombar já de cara devido ao sucesso de Xbox Game Pass. Além de também integrar outros programas da Playstation, sendo que o serviço da Xbox serve também para o PC. E, após o lançamento do game, nós da Married Games pudemos jogar o game e passar um pouco da ideia que é Psychonauts 2. Apertem os cintos e tenham uma boa leitura!

Psychonauts 2 Review/Análise

Como se desenrola?

Psychonauts 2 review/análise
Psychonauts 2 review/análise

Para darmos início a análise, devemos destacar algo: Não é necessário jogar quaisquer jogo anterior a Psychonauts 2 para a história fazer sentido. Os jogos que me refiram são Psychonauts e Psychonauts in the Rhombus of Ruin. Esse último é uma versão exclusiva que somente quem tinha um Playstation VR poderia usufruir do game.

O game se iniciar na mesma época que o primeiro jogo. O protagonista dessa aventura é Razputin Aquato, uma garotinho que tem apenas 10 anos e se vira nos trinta para tentar integrar numa movimento de espiões chamada de Psiconautas. Mas para isso, Razputin tinha que comer muito arroz e feijão (de forma figural) para fazer parte real do grupo. Então, para que pudesse ser integrado aos poucos começou como uma espécie de estagiário e aprender com o restante dos colegas.

Assim como em qualquer organizações secretas que vemos em filmes, tem uma pessoa que trabalha como informante levando e trazendo informações. Nesse caso, a história se desenvolve em procurar quem é a pessoa que está vazando informações e tentando ressuscitar Malígula que é uma grande d’uma assassina. Algo que mais pra frente vocês vão entender melhor. A situação se torna mais difícil quando o líder dessa organização não está batendo bem da cabeça depois de um sequestro. É aí que brilha a estrela de Razputin Aquato.

Nesse ponto, o jogador deve estar ciente de uma coisa: o jogo requer muita atenção e você pode se perder fácil nessa brincadeira. A maior parte do tempo, você perceberá que tudo fluir de uma forma linear. Durante esse tempo, Razputin passa por mentes das pessoas para fazer o bem: ajudá-las a superar algum tipo de medo e/ou traumas. Mas tudo isso tem um propósito: conseguir informações importantes para o game.

Jogabilidade

Psychonauts 2 review/análise
Psychonauts 2 review/análise

O jogo é bem simples em relação a comandos e jogabilidade. Em Psychonauts 2 você praticamente pula, da soco e ativa a telecinese. Não podemos esquecer que também possível mover alguns objetos, atirar alguns raios contra ameaças. Os destaques ficam por conta da levitação e de fazer o personagem planar.

Algo a se destacar na jogabilidade é a interação de Raz com os objetos encontrados no ambiente, como também com os NPCs. Dependendo da sua interação, você pode ganhar um avanço de progresso. Outra parada interessante é o diálogo você consegue no decorrer do jogo, algumas fazem você se situar sobre algo ou contextualiza uma situação que você ficou perdido.

Conforme você vai progredindo, Raz vai aprendendo muitas coisas que podem ser uteis no desenrolar do game. Algumas habilidades são de extrema importância para resolver os puzzles. O que é pega é você saber escolher qual usar de acordo com a situação que você se encontra. Para que não vire varzea, você só pode usar até quatro habilidade por vez. Entre as habilidades, você pode criar conexões de memórias, criar alguns combos etc.

O jogo entende qual o tempo que um jogador pode levar para dominar essas habilidades e novas só são apresentadas a partir do momento que você já colocar o que sabe a prova. Se você é novato com esse estilo de gameplay, o aprendizado pode parecer meio lento, mas depois de um período você já consegue começar a dominar. Se você for um veterano, tudo se torna mais fácil.

Esse jogo tem um ponto que incomoda, que é em relação ao controle de personagem. De forma bem comum, morri por coisas bestas porque simplesmente alguns comandos não estavam funcionando como deveria. Nada muito gritante, mas que em algumas situações incomodavam um pouco. O spawn protect é outra coisa que me deixou frustrado no game justamente por ser inexistente, diferente do que rolava no primeiro jogo. Muitas vezes eu simplesmente aparecia no meio de uma treta já apanhando, sem dó nem piedade.

São coisas bem básicas que pude notar mas que não abalaram em nada minha gameplay. Tudo estava ótimo, e esses pontos são apenas detalhes ofuscados pelo belíssimo enredo desse jogo.

O ponto de Psychonauts 2

Psychonauts 2 review/análise
Psychonauts 2 review/análise

Lembra que eu disse lá no início que o jogo é uma experiência e tanto por conta daqueles detalhes impressionantes? Então, é aí que isso começa a ficar evidente. Por se tratar de mentes, cada um é um mundo diferente de acordo da personalidade da pessoa. Essa é a parte mais daora de toda aventura porque aí abordamos temas como saúde mental, orientação sexual, ansiedade, bipolaridade etc.

É tudo muito bem feito e criativo, porém não se pode dizer o mesmo dos bosses. Acaba sendo meio repetitivo, sem muitas emoções e também acaba não sendo tão interessantes. Mas quando falamos de uma construção no backgroud dos personagens, seja no protagonista ou em personagens não jogaveis (os tais dos NPcs) foi tudo muito bem elaborado.

E tudo tem um propósito. No caso, Psychonauts 2 é na verdade um jogo sobre fazer o bem. E vemos isso perfeitamente em Raz. Um garoto de apenas 10 anos que decidiu fazer parte de algo que ajuda a superar inseguranças. É como se ele estivesse na mente das pessoas apenas pra fazer tudo ficar bem. E, isso não é uma lição apenas para Raz, é para nos fazer refletir em como ajudar o próxima é ajudar a si mesmo. E nada representa isso melhor do que o próprio Raz. Como se fosse uma vontade própria, digna de uma pessoa que tem um bom coração.

Se você jogar Psychonauts 2, na primeira hora você vai se identificar porque tudo se trata de inseguranças. Tudo feito na medida certa para que não seja um gatilho para ninguém. Encontramos isso de um jogo que foi elaborado com o máximo de criatividade e empatia. Todos as suas inseguranças, jogadores de videogames, você encontra neste jogo, representada por elementos do jogo. Até mesmo os vilões, você não deve eliminá-los, como em jogos tradicionais. Precisamos entender que os vilões também precisam de ajuda, e nesse ponto, você passa a gostar um pouquinho deles.

Precisa ser discutido

Uma parada que pega nesse jogo é a facilidade. Sim, estamos falando do quão fácil é o jogo. O título demora muito para a gente sentir a dificuldade, os puzzles mais difíceis só aparecem depois de umas boas horas de gameplay. Isso é algo que me incomodou porque vai de contra mão a meu gosto pessoal de jogos, principalmente se tratando de jogos desse gênero.

Um grande exemplo a ser usado é que quando chegamos para resolver algum desafio ou puzzle, misteriosamente aparece um personagem já me entregando de bandeja o que é necessário para solucionar aquele enigma. Ou então, só se esforçar minimamente para lembrar de alguma coisa lá atrás que ajuda na resolução de algo. Isso é uma parada que é preocupante e para refletir como será o futuro de Psychonauts e de outros jogos parecidos, uma vez que o próprio criador do jogo disse que só temos bosses graças a uma ajudinha da Microsoft. Imagina como seria?

Talvez seja realmente uma falha do jogo que ninguém curte tanto: você precisar mais de cutscenes explicando histórias, contextualizando tudo sem deixar você ao menos tentar por conta própria por meio da própria gameplay.

Vale a pena?

https://www.youtube.com/watch?v=hm1tTxixIS4

Se você está lendo até aqui é porque algo te chamou a atenção, além de querer saber o veredicto, é claro. Pois quero que saiba que sim, o jogo é uma bela investida se for levar duas coisas em consideração. A primeira diz respeito a disponibilidade do jogo. Estamos falando de um lançamento recente que custa muito caro aqui no Brasil, algo que é padrão dos jogos. Você está encontrando o game por R$ 249,00.

O investimento é lindo se você for usuário do Xbox Game Pass, seja do próprio console ou do PC. Se você for assinante desse serviço, você tem uma mina de ouro. Psychonauts 2 é excelente jogo e fazer parte do catálogo do Xbox Game Pass no dia do lançamento é grandioso tanto para você quanto para a indústria que precisa conhece mais sobre o jogo. Eu, autor desse texto, demorou pouco mais de 17 horas para completar o jogo e posso dizer que a experiência é mais do que positiva.

O outro ponto é: Se você gosta de jogos que te fazem refletir por um longo tempo, nem pense, só compre esse jogo porque, assim como foi dito nessa análise, o jogo é fabuloso ao abordar temas como a empatia. Algo que é completamente necessário, principalmente quando o assunto é os jovens e adultos. Essas coisas deviam ser levadas mais a sério. E esse jogo trouxe isso, ilustrado de uma forma linda e digno do meu dinheiro. O jogo é lindo, e se você jogar, provavelmente terá um lugarzinho no seu top jogos da vida.

Psychonauts 2 Review/Análise

Rafael Meireles

Gráficos
Trilha Sonora
Jogabilidade
Enredo
Diversão

Geral

Desenvolvedor: Double Fine
Plataformas: Xbox One, Xbox Series S/X, Playstation4/5 e PC.

4.3

Mais sobre Psychonauts (primeiro jogo)

Psychonauts é um jogo de plataforma criado por Tim Schafer, desenvolvido por Double Fine Productions e publicado por Majesco. O jogo foi lançado em 19 de abril de 2005 para Xbox, 26 de abril para Microsoft Windows e 21 de junho para PlayStation 2. Foi lançado em Steam em 11 de outubro de 2006, como um “Xbox Original” através do Xbox Live Marketplace e no serviço GameTap. Em 5 de novembro de 2009, Psychonauts também ficou disponível através de serviço de distribuição online Good Old Games com sua parceria com Majesco.

Psychonauts é baseado nas ações de Razputin, um jovem dotado de habilidades psíquicas que foge do circo para se infiltrar em um acampamento de verão para aqueles com poderes similares aos seus para se tornar um “Psychonaut”. Ele descobre que há uma história sinistra no acampamento que só ele pode impedir de acontecer. O jogo é centrado nas mentes imaginativas e muito estranhas dos vários personagens que Raz entra como um Psychonaut-em-treinamento/”Psycadet” para ajudá-los a superar seus medos ou memórias de seu passado, para ganhar a cooperação deles e avançar no jogo. Raz ganha várias habilidades psíquicas durante o jogo que são usadas para atacar os inimigos e resolver os quebra-cabeças.

Embora o jogo tenha recebido grande aclamação pelos críticos e ganho um grande número de fãs, Psychonauts sofreu de baixas vendas e Majesco sofreu dificuldades financeiras relacionadas ao Psychonauts e a outros jogos do seu catálogo.

Sobre Double Fine

Double Fine Productions, Inc. é uma desenvolvedora de videogame americana do Xbox Game Studios com sede em San Francisco, Califórnia. Fundada em julho de 2000 por Tim Schafer logo após sua saída da LucasArts , os dois primeiros jogos da Double Fine – Psychonauts e Brütal Legend- desempenho inferior às expectativas dos editores, apesar dos elogios da crítica. O futuro da empresa foi assegurado quando Schafer se voltou para vários protótipos internos construídos durante um período de duas semanas conhecido como “Quinzena de Amnésia” para expandir como títulos menores, os quais foram licenciados por editoras e tiveram sucesso comercial. 

Schafer, desde então, repetiu essas Amnesia Fortnights, usando a mecânica de votação dos fãs, para ajudar a selecionar e construir títulos menores . Double Fine também é creditado por impulsionar o interesse em crowdfunding em videogames , tendo conseguido arrecadar mais de US $ 3 milhões para o desenvolvimento de Broken Age , na época um dos maiores projetos financiados pelo Kickstarter. A empresa continuou a desenvolver seu status de desenvolvedor independente e promoveu esforços para ajudar outros desenvolvedores independentes menores por meio de sua influência, incluindo se tornar uma editora de videogame para esses títulos. 

Double Fine também foi capaz de adquirir direitos para remasterizar alguns dos jogos de aventura anteriores da LucasArts, incluindo Grim Fandango , Day of the Tentacle e Full Throttle . O site da Double Fine também hospeda sete webcomics , que são criadas por membros da equipe de arte da Double Fine e são coletivamente chamadas de Double Fine Comics.

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