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Review: Alex Kidd in Miracle World DX

Voltamos ao Mundo dos Milagres com Alex Kidd nesse review de Alex Kidd in Miracle World DX

Depois de trinta anos, voltamos ao Mundo dos Milagres para acompanhar o corajoso Alex Kidd em sua aventura nesse review de Alex Kidd in Miracle World DX

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Treinando o Shellcore

Alex Kidd in Miracle World é, talvez, um dos jogos mais conhecido e jogados pelos gamers que cresceram nos anos 80 e 90. A razão disso é simples e se resume em duas palavras: Tec Toy! A empresa fez um marketing agressivo para a Sega durante a vida do Master System e Mega Drive aqui no Brasil com comerciais de TV animados, programas no SBT e reprogramando jogos para incluir personagens famosos da cultura pop nacional, como a Turma da Mônica, Chapolim e TV Colosso.

A Tec Toy fez até mesmo jogos que são exclusivos para o público brasileiro que não são conversões de outros títulos, como por exemplo, o jogo do Pica Pau, Street Fighter II para o Master System e uma conversão de Sonic Chaos, que saiu apenas para o Game Gear, para o console de 8 Bits da Sega. São games que não foram lançados em nenhum outro país e tem valores absurdos no Ebay entre colecionadores já que não houve um lançamento mundial.

Sem dúvidas, a ação da empresa fez com que a popularidade do Master System explodisse por aqui, deixando ele como um dos consoles mais jogados no Brasil, até ser desbancado pelo PlayStation 2 e o fácil acesso a jogos piratas que o console tinha. Mas antes de você poder comprar várioss DVDs com jogo que podiam ou não funcionar (dependia da sorte), os jogadores tinham que alugar as fitas de videogame em Locadoras ou se contentar com os jogos da memória do console. E foi aí que o Master System brilhou.

Master System II com Alex Kidd na Memória

Essa era a principal propaganda do console. Enquanto a primeira versão do Master System veio com jogo como Safari Hunt e Hang On e a Pistola Light Phaser, o segundo modelo optou por colocar na memória do console o game Alex Kidd in Miracle World, o primeiro jogo do mascote da Sega lançado em 1986. O jogo era uma resposta ao Super Mario, mascote da Nintendo, e trazia um game de ação em plataformas com elementos inéditos como a moto Sukopako, o Peticopter e a batalha com chefes baseadas no popular jogo de Pedra, Papel ou Tesoura (ou Jankenpô).

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Fonte: blogtectoy.com.br

Originalmente planejado para ser uma adaptação do anime Dragon Ball, Alex Kidd in Miracle World era o que muitos dos jogadores brasileiros tinham para jogar durante toda a semana até poder ir a locadora e escolher outro jogo para jogar durante o final de semana. Claro, isso não era nenhum problema, levava diversas horas de jogo para descobrir todos os segredos do game até que você conseguisse chegar ao final. Você tinha trechos de plataforma que exigiam pulos precisos, surpresas escondidas em caixas e até mesmo um item que era um quebra-cabeças muito mais complicado do que o que ele deveria ser.

Claro que hoje, como adulto tudo o que o jogo oferece parece simples se comparado aos jogos modernos, mas a nova versão do game, Alex Kidd in Miracle World DX tenta resgatar aquela sensação de nostalgia ao jogar um game da era 8 bits da sua infância e oferecer aos novos gamers um bom jogo de plataforma com gráficos 2D. Então vamos ver o que o Merge Studios conseguiu entregar para nós.

De volta ao mundo de Alex Kidd in Miracle World DX

Alex Kidd in Miracle World DX é um remake do Alex Kidd in Miracle World original, lançado em junho de 2021 para PC com Windows, Nintendo Switch , Xbox One, Xbox Series X / S, PlayStation 4 e PlayStation 5. O jogo era produzido pela Merge Games e Jankenteam sob licença da Sega.

Alex Kidd DX começou através do desenvolvimento de um remake de fã não comercial em 2018, quando os desenvolvedores indie José Sanz (“Josyanf1”) e Hector Toro (“Narehop”) mostraram as primeiras imagens de seu trabalho. Os dois eventualmente formaram o Jankenteam e obtiveram o sinal verde da Sega para transformar o remake em um produto comercial oficial, anunciando o jogo com um trailer de revelação em junho de 2020 durante o evento Summer of Gaming da IGN.

A história do jogo é a mesma do clássico, mas, dessa vez, há vários novos elementos ue ajudam a contar essa história. Em meio as fases, você encontrará NPCs petrificados que você pode conversar e eles dão pistas sobre a trama.

No Planeta Aries, um jovem de orelhas grandes treina para dominar a arte marcial chamada Shellcore, que permite aos seus praticantes aumentarem a massa de seus punhos para realizar feitos incríveis, como quebrar enormes pedras. Porém, alguma coisa errada etá acontecendo no reino de Radaxian. O exército de Janken, o Grande, invadiu a cidade e transformou seus habitantes em pedra, invadiu o castelo e aprisionou o príncipe Egul e a princesa Lora. O rei está desaparecido e só uma pessoa pode resolver esse problema agora.

Com o passar das fases você encontrará NPC petrificado que lhe darão algumas linhas de dialogo sobre o que está acontecendo, tentando dar um elemento de mistério ao que aconteceu naquele lugar. Você terá um alguns diálogos com os personagens que já conheceu antes, como o mestre Nurari ou Egul, além de alguns novos com os chefes Parplim, Gooseka e Chokkina, qu ganharam um pouco mais de personalidade.

Era normal, na época do lançamento original, a história era apresentada principalmente nos manuais de instrução do jogo, então, era normal não entender bem quem era quem e o que estava acontecendo no jogo. Por exemplo, Lora, a princesa que você resgata no final do jogo, não é nem a mãe ou a namorada do Alex, e sim a noiva do irmão dele, Egul, que estrelou o game Pit Pot, lançado nos arcades em 1985. Aqui você tem uma melhor compreensão do enredo que não é tão elaborado quanto um jogo atual, mas ainda está lá para dar um pano de fundo a aventura.

Requisitos Mínimos e Recomendados

Por ser um jogo 2D de plataforma, Alex Kidd in Miracle World DX é absurdamente leve e roda em praticamente qualquer computador, permitindo uma experiência fluída e sem quedas de quadros. O jogo não tem nem mesmo requisitos recomendados. Apesar disso, o jogo é muito bonito e colorido, então, se você está procurando um bom jogo, leve e divertido, esta é uma excelente alternativa:

Sistema Operacional:Windows 7 ou superior
Processador:1.80GHz ou superior
Memória RAM:4 GB de RAM
Placa de Vídeo:Intel HD Graphics 4000-5000 series (game in 720p)

Um grande remake para um grande clássico

Alex Kidd in Miracle World DX é um jogo de plataforma simples de ação e aventura. Alex tem três movimentos que consistem em basicamente mover, pular e socar. No jogo antigo, os controles parecem mais estáveis e mais firmes, enquanto nesse game, o Alex tem uma estranha mania de cair exatamente em cima dos inimigos se eles estiverem próximos. Em outras palavras, se você for pular, tenha certeza de que não há ninguém por perto.

Em seus cerca de 20 níveis, bem curtos e com belos layouts multicoloridos, são simples e com rolagem suave, com obstáculos básicos, aventuras subaquáticas, masmorras com quebra-cabeças de tela única e até mesmo uma pequena dose de ação de tiro ao alvo de rolagem lateral. Se você conhece o game antigo, verá que as fases que já conhecem com uma bela capa de gráficos renovados e uma pixel art caprichada.

As novas fases se encaixam bem aos níveis e dão a sensação de continuidade com mais fluidez a narrativa. Você não sai mais de uma floresta, por exemplo, e cai direto em uma caverna vulcânica. Agora há um nível entre eles que deia tudo mais orgânico na transição de um cenário para o outro.

Alex Kidd in Miracle World DX cruza essa linha entre o moderno e o antigo apenas retocando a arte e a música, mas sem deixar de lado a essência do que fez o jogo um clássico. Apertando um botão, o game é apresentado com o visual original, com sua arte pixelizada autenticamente recriada, mas mantendo o estilo de arte maravilhosamente retrabalhado e aprimorado. Certos detalhes dos personagens que antes não eram perceptíveis agora estão ali visíveis e facilmente reconhecíveis.

(Quando eu era criança e jogava Alex Kidd in Miracle World, o “fantasminha” que saia das caixas com o sinal de ‘?’ parecia muito mais uma foca do que um fantasminha encapuzado segurando uma bengala)

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Isso são foquinhas!

Alguns níveis foram adicionados para enriquecer a história de Alex Kidd, mas são extremamente fiéis às limitações e ao design do clássico do Master System. A nova arte é indiscutivelmente a adição mais valiosa a este remake, com charme, polimento e cuidado colocados em cada ativo. O novo Alex Kidd é lindo de se ver, especialmente quando comparado à versão tosca de 8 bits. Se você é um fã mais purista da franquia, talvez você fique com a impressão de que ele ficou muito “americanizado”, com cara de desenhos como Ben 10 ou Steven Universe. Não é um problema, mas você pode sentir falta daquele “feeling” oriental do jogo original.

Os chefes ganharam um pouco mais de personalidade e as lutas também foram modificadas, para dar um pouco de variedade. Então, é bem possível que você seja pego de surpresa pelos chefes se ficar esperando que eles vão te atacar exatamente como no jogo do Master System. Apesar da reclamação dos reviews estrangeiros dizendo que as batalhas em Jakenpô são aleatórias e imprevisíveis, a verdade é que nada mudou da versão original para cá:

Gooseka– Pedra, Tesoura;
Chokkina– Tesoura, Papel;
Parplim – Pedra, Tesoura.;
Gooseka 2° encontro – Papel, Papel;
Chokkina 2° encontro – Pedra, Pedra;
Parplim 2° encontro – Pedra, tesoura;
Janken – Papel, Papel;

Até mesmo a Pedra Telepática, que você encontra no Monte Kave, é mais fácil de pegar nessa versão do que na antiga de Alex Kidd in Miracle World. Você pode facilmente prever os pensamentos dos adversários, já que eles escolhem o que vão mostrar em definitivo pouco antes da música mudar o tom (sabe aquele parte que toca um “tã-nan-tã tã-ram-tã” antes da tela mudar para os dizeres “Jan Ken Pô”?) dando tempo suficiente para que você escolha o que você mostrará caso tenha a Pedra Telepata no inventário.

Outra reclamação dos reviews gringos é a suposta aleatoriedade das caixas de interrogação, sendo que, novamente, elas ainda seguem a mesma ordem da época do Master System, sendo Bracelete do Poder, Fantasma e Vida Extra, sempre nessa mesma ordem. Se você quebrou uma caixa e saiu um Fantasma, a próxima será com 100% de certeza uma Vida Extra. Então, é possível usar isso ao seu favor e controlar as chances de chegar ao final com sucesso.

Além dos itens que você pode pegar nas caixas, você ainda recolhe dinheiro e pode comprar outros itens que o ajudaram em sua jornada, como um escudo, invencibilidade, o Cajado da Flutuação e item que cria um monte de ‘mini-Alexes’ que atacam os inimigos.

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O mapa de Radaxian ganhou uma bela repaginada

As músicas de Alex Kidd in Miracle World foram remasterizadas de forma fantástica com a mesma familiaridade e atenção que foi dada à atualização dos gráficos. Ao trocar entre os dois estilos, pude ouvir os clássicos chiptunes se transformarem arranjos completos e robustos, mas com a mesma identidade das músicas que não foi perdida (é interessante até ver como a música clássica ganhou um ar triste e sombrio em um dos estágios do jogo). Alex Kidd in Miracle World teve algumas trilhas verdadeiramente fantásticas em sua trilha sonora e isso é mantido com o maior respeito com o remake DX.

Alguns níveis posteriores – como o Castelo de Janken em particular – têm temas que ficam de igual para igual com grandes nomes como Mario, Zelda, Mega Man e Castlevania. Merge Games e Jankenteam entendem o que fez Alex Kidd se destacar no Master System e isso mostra a consideração dada à apresentação deste remake. Apesar dessa atenção as músicas, por algum motivo desconhecido, foram alteradas, como por exemplo, a música do Castelo de Radaxian. Talvez seja porque ela era usada duas vezes e eles criaram uma música inédita para não ter que repeti-la em dois cenários.

Onigiri, Hambúrguer, Omelete Espanhol ou Peixe com Fritas?

Além do jogo remasterizado, Alex Kidd in Miracle World DX inclui algumas novidades como o Modo Clássico, que tenta recriar fielmente o jogo do Master System, mas, mesmo nesse modo nós percebemos algumas mudanças, tanto na física, que ainda é um pouco mais parecida com a do remake do que com a original. A equipe da Merge e Jankenteam essencialmente teve que reconstruir o jogo por meio de replicação e emulação, não tendo acesso aos documentos de design do jogo original ou código-fonte.

Porém, é um modo que pouco acrescenta ao replay do game, pois, uma vez que o jogo remasterizado pouco inova em jogabilidade ou level design das fases, pelo contrário, só retira os poucos novos níveis que foram inclusos, sendo mais interessante, caso você queira revisitar o antigo game procurar um emulador e uma rom que você encontra facilmente pela internet.

O modo boss rush também pouco acrescenta ao jogo, sendo mais interessante caso você queira ficar brincando nas disputas de Jankenpô do jogo. Aqui as batalhas são realmente aleatórias e não há como prever o que os adversários colocarão. Pode dar um pouco mais de emoção aos tão manjados jogos de Pedra, Papel e Tesoura do Alex Kidd, mas não é algo realmente inovador ou imperdível.

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Modo Boss Rush inspirado em Enchanted Castle

Caso queira um pouco mais de desafio, o que irá lhe consumir algumas horas de jogo será apenas a caça aos colecionáveis que estão espalhados pelas fases. Você encontrará itens que fazem parte da história do Alex Kidd e da Sega, como por exemplo, as capas das versões japonesas e americanas do jogo, um anel dourado, um console do Master System e algumas coisas um pouco mais obscuras da história do personagem, como o Martelo de Egul, que ele usou em Pit Pot.

Descobrir todos esses segredos lhe garantem um troféu, bem como falar com todos o NPC do jogo também lhe dará uma conquista, mas não é algo tão complicado de conseguir. Se você está procurando um jogo fácil de platinar para ganhar alguns pontos de troféus na sua plataforma preferida, este Alex Kidd in Miracle World DX é uma boa forma de conseguir uns pontinhos fáceis.

Por falar em fácil, o jogo não é tão difícil. Não é mais difícil do que o jogo original. Talvez haja, como disse acima, um problema de uma atração magnética para inimigos que estão próximos a você caso você tente pular perto deles. Se você tentar pular em meio a dois inimigos, por exemplo, mesmo que haja claramente um espaço entre eles para você, não tenha dúvidas. Você morrerá. Se você estiver tentado pular de uma plataforma mais alta para uma mais baixa e houver um inimigo em baixo, Alex será magneticamente atraído para ele e você morrerá.

Alguns pulos até parecem que são mais fáceis de fazer se você trocar para o modo clássico. Não há uma explicação real para isso, mas se você jogou o jogo no Master System, você terá essa sensação em muitos momentos.

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Tentar pular aí é pedir para perder uma vida

Como morrer acaba endo muito fácil nesses momentos, o jogo ainda inclui um modo de vidas infinitas que deixa ele mais parecido com os jogos de plataforma atuais. Apesar de, mesmo no modo com vidas limitadas, o jogo não te força a recomeçar da primeira fase. E você perder todas as suas vidas, você recomeça a última fase que jogou mas perde todo o dinheiro acumulado e itens que tenha pego durante o trajeto, como por exemplo, a Pedra Telepática.

Uma adição cosmética, mas divertida, é a possibilidade de escolher qual é o alimento que Alex comerá no fim de cada fase. Pode ser um Onigiri (o bolinho de arroz tradicional japonês), um Hambúrguer (que foi adicionado na versão norte-americana), um Omelete Espanhol e um cone de Peixe com Fritas. Não sei da onde saíram esses dois últimos, mas eles estão lá caso você queira dar ao Alex algo diferente para ele comer.

Afinal, é Bom ou não é?

Sou suspeito para dar esse veredito, afinal, Alex Kidd in Miracle World foi o primeiro jogo que consegui terminar e, como dito acima, era o que eu tinha para jogar durante toda a semana até poder alugar um cartucho no final de semana. Então, fica difícil dizer que ele é bom ou não? Para mim, ele é excelente. Ele é um dos jogo que tenho uma enorme memória afetiva e é muito complicado criticá-lo com esse véu de nostalgia sobre meus olhos. Agora, se vamos fazer um esforço para isso, então, o veredito seria um sim para os gamers mais velhos e um não para o mais jovens.

Há aqui um esforço enorme de trazer de volta a nostalgia dos jogadores da época do Master System para a versão DX e, se o objetivo é esse, então sucesso absoluto para a equipe da Merge e da Jankenteam. Porém, fica a dúvida: E o que virá depois? O final de Alex Kidd in Miracle World DX deixa a entender que o próximo passo, se ele acontecer, será a remasterização de Alex Kidd in Enchanted Castle.

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Enchanted Castle é a sequência direta de Miracle World

O que não seria ruim, afinal o jogo do Mega Drive é o único que é uma sequência direta de Miracle World e usa as mesmas mecânicas. Porém, ele não é um dos jogos preferidos dos fãs de Alex Kidd, principalmente por causa da jogabilidade. Nele, para atacar inimigos voadores você pular e, num timing muito preciso, soltar o botão de pulo para que Alex atacasse com um chute, mas era muito fácil errar esse chute e morrer.

Arrisco dizer que, talvez, o preferido dos fãs, depois do Miracle World, seja o Alex Kidd in Shinobi World, mas ele é uma paródia do jogo Shinobi e não parece que agregaria muito ao mascote fazer o remake dessa paródia. Alex Kidd in the Lost Stars é uma adaptação de um jogo de arcade que tinha, unicamente a função de comer fichas dos jogadores, então, também não valeria a pena a conversão. Alex kidd in High Tech World também parece fora de questão, afinal, ele também é apenas a conversão do game de Anmitsu Hime: From Amakara Castle para o público ocidental.

Então, a solução mais simples é remasterizar o game do Mega Drive ou, caso seja viável para a Sega e interessante para a Jankenteam, criar um jogo completamente novo do Alex Kidd, incorporando os elementos desses jogos. Seria um game de plataforma e, em um momento, ele tem poderes ninja, em outros ele anda de BMX, em outro ele terá que responder a um teste. Pegar um pouco de tudo e colocar em um game que, trará uma inovação a franquia para os jogadores e ainda agradar aos fãs que jogaram esses games durante a infância.

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Alex Kidd in Miracle World DX certamente encantará qualquer um que jogou o jogo original no Sega Master System décadas atrás. O mascote da Sega em meados dos anos 80 pode nunca ter alcançado o fenômeno da cultura pop no qual o Maria se encontrava, mas Alex Kidd deixou uma impressão indelével em todos os que o experimentaram.

Porém, não vejo como alguém que não jogou a franquia no passado ou está acostumado com os games de plataformas modernos encontrará algo de legal aqui. O jogo parece o jogo original, para o bem ou para o mal. Se você realmente ama Alex Kidd in Miracle World, há uma boa chance de que você ame o remake da Merge Games.

Se você não gostou da primeira vez, Alex Kidd in Miracle World DX não tem nada que fará você mudar a sua mentalidade e pode reforçar sua opinião. Se você nunca jogou Alex Kidd in Miracle World antes, então esse será um bom jogo para você conhecer a franquia e se divertir por algumas horas, mas não há nada aqui que realmente o destaque dos atuais jogos de plataforma, como Kaze and the Wild Masks ou A Lenda do Herói. Os modos Boss Rush e Classic estão disponíveis após terminar o jogo, mas oferecem muito pouco em conteúdo ou valor adicional.

Alex Kidd in Miracle World DX da Merge Games e a Jankenteam é um produto de nicho com grande capacidade de comercialização. É muito provável que em países onde o Master System reinou durante os anos 80/90, como Brasil e Europa, este jogo fará um enorme sucesso, mas pra o resto do mundo, incluindo o Japão, simplesmente não há o suficiente aqui para trazer Alex Kidd de volta para a era moderna.

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Alex Kidd in Miracle World DX

Produtora: Merge Studios e Jankenteam
Distribuidora: Merge Studios
Plataformas: PC, PlayStation 4, PlayStation 5, Nintendo Switch, Xbox One, Xbox Series X
Nota: 7/10

Prós:

  • Gráficos em 2D com belos sprites grandes e detalhados;
  • Recriação fiel do original e resgate de um clássico com toda sua força nostálgica;
  • Perfeita atualização das músicas e fases;
  • Excelente upgrade na história e personagens;

Contras:

  • Muito curto e com poucas novidades;
  • A dificuldade mais na jogabilidade do que no game;
  • Pouco atrativo para novos jogadores ou os que não estão familiarizados com a franquia;

Agora diga nos comentários: O que você achou de Alex Kidd in Miracle World DX? Está no grupo dos nostálgicos e amou o game? Não conhecida o personagem? Aproveite para ler mais sobre toda a a história e os jogos do Alex Kidd no nosso site.

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