A arquitetura MVP (Model-View-Presenter) é um padrão de design de software extensivamente aplicado em interfaces de usuário, com destaque no desenvolvimento de jogos em engines como Unity (site oficial) ou Unreal Engine (site oficial).
Ao dividir a aplicação em três componentes-chave – Model, View e Presenter – o MVP oferece uma simplificação notável na distribuição de responsabilidades, favorecendo a manutenção eficiente do código.
Essa estrutura tripartida promove uma organização clara das funcionalidades do jogo, permitindo que o Model gerencie a lógica do jogo, a View ofereça a interface visual e sonora para os usuários.
O Presenter atue como o intermediário entre os dois, garantindo uma comunicação harmoniosa e desacoplada entre a lógica de negócio e a representação visual.
Essa abordagem estruturada é particularmente benéfica em cenários complexos de desenvolvimento, facilitando não apenas a implementação inicial, mas também futuras atualizações e aprimoramentos no jogo.
Vamos explicar um pouco sobre como a Arquitetura MVP funciona e, se ficar com dúvidas, é só deixar aí nos comentários.
Conteúdo desde artigo
Evolução do MVC
A arquitetura MVP (Model-View-Presenter) evoluiu como uma extensão do padrão arquitetural MVC (Model-View-Controller) e teve origem em meados dos anos 90, ganhando destaque no cenário de desenvolvimento de interfaces de usuário, incluindo aplicações móveis e jogos.
Sua criação foi uma resposta à necessidade de separar ainda mais as responsabilidades entre a interface do usuário e a lógica de negócio em aplicações complexas. O MVP surgiu para resolver algumas das limitações percebidas no MVC, especialmente em ambientes com alta interação do usuário, como em jogos.
Existam muitos exemplos de jogos que adotaram o MVP com sucesso, como o “Hearthstone”, da Blizzard Entertainment. Este jogo de cartas colecionáveis online utiliza essa arquitetura para gerenciar a lógica do jogo e sua interface. O Presenter atua como o controlador entre a lógica do jogo (Model) e a interface do usuário (View), facilitando atualizações e melhorias na experiência do usuário sem afetar a lógica subjacente do jogo.
Model
O Model desempenha um papel central na arquitetura MVP. Ele encapsula a lógica do jogo e gerencia os dados subjacentes.
No contexto dos jogos, o Model é como o cérebro por trás das operações. Ele controla o estado do jogo, desde informações cruciais sobre o ambiente até o comportamento dos personagens.
Além disso, o Model se encarrega das regras do jogo, garantindo que todas as mecânicas funcionem conforme o planejado. Isso pode envolver desde o gerenciamento de vidas dos personagens até a manipulação de pontuações, níveis e outros elementos essenciais.
Em interação com bases de dados ou outras fontes de informação, o Model armazena e manipula dados críticos para a dinâmica do jogo.
View
A View representa a camada visual e sonora do jogo, fornecendo a interface pela qual os jogadores interagem.
No universo dos jogos, a View se manifesta em gráficos, animações, sons e todos os elementos visuais e auditivos que compõem a experiência do jogo. Contudo, é importante ressaltar que a View é passiva.
Ela não possui lógica de negócio; sua função é exclusivamente exibir os dados fornecidos pelo Presenter de uma forma que seja compreensível e envolvente para os jogadores.
A qualidade e a estética da experiência do usuário são grandemente influenciadas pela eficiência da View em traduzir as informações do jogo de forma agradável e imersiva.
Presenter
O Presenter, por sua vez, desempenha um papel crucial como elo entre o Model e a View. Ele atua como um maestro, coordenando a interação entre esses dois componentes. O Presenter remove a lógica da View, assumindo a responsabilidade por receber as interações do usuário, processá-las e atualizar o Model de acordo.
Após essas atualizações, o Presenter é responsável por atualizar a View com os novos dados, permitindo que ela seja atualizada e exiba as mudanças ao usuário.
É importante destacar que o Presenter trabalha de forma desacoplada do Model, garantindo uma separação clara de responsabilidades entre a lógica do jogo e sua representação visual.
Benefícios da Arquitetura MVP em Jogos
- Separação de Responsabilidades: Facilita a gestão de código complexo, especialmente em jogos com muitos elementos interativos.
- Testabilidade: Cada componente pode ser testado independentemente, o que é crucial para garantir a qualidade e a estabilidade do jogo.
- Facilidade de Manutenção e Expansão: Alterações em uma camada não impactam diretamente as outras, permitindo atualizações e melhorias contínuas.
- Reusabilidade: Componentes do Model e do Presenter podem ser reutilizados em diferentes projetos ou plataformas.
A arquitetura MVP é ideal para o desenvolvimento de jogos que demandam interfaces de usuário complexas e interativas. Ela oferece uma estrutura clara, simplificando o desenvolvimento, a manutenção e a expansão dos jogos. Com o MVP, os desenvolvedores podem focar em cada aspecto do jogo de maneira mais eficiente, contribuindo para a criação de experiências de jogo mais envolventes e robustas.
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FAQ Rápido
O que é a arquitetura MVP?
A arquitetura MVP (Model-View-Presenter) é um padrão de design de software que separa a lógica de negócio (Model) da interface do usuário (View) por meio de um intermediário (Presenter).
Quais são os componentes principais do MVP?
O MVP é composto por três elementos principais: Model, responsável pela lógica do jogo; View, a interface com o usuário; e Presenter, que atua como o intermediário entre o Model e a View.
Como o MVP difere do MVC?
Enquanto no MVC o Controller gerencia as interações entre o Model e a View, no MVP o Presenter desempenha esse papel, promovendo uma separação mais clara entre a lógica de negócio e a interface do usuário.
Quais são os benefícios da arquitetura MVP?
Alguns benefícios incluem a facilitação da manutenção do código, devido à clara separação de responsabilidades; a testabilidade aprimorada, já que cada componente pode ser testado independentemente; e a flexibilidade para atualizações na interface sem impactar a lógica do jogo.
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