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Sand Land: O Presente de Despedida de Toryama para os Fãs

Quer saber se vale a pena jogar a última obra de Akira Toryama? Então veja nossa analise de Sand Land

O mês de março foi uma época triste para nós, fãs de anime, mangá e games, quando descobrimos no dia 08/03 que o mangaká, Akira Toryama, de 68 anos, havia morrido no dia 1° de março.

Devida a um hematoma subdural agudo, que é o acúmulo de sangue entre o cérebro e o crânio. Não sabemos como ele conseguiu isso, mas a possibilidade da morte dele ter sido causada por seu estilo de vida pouco saudável é a mais provável.

Toryama, assim como muitos mangakás, trabalhavam por horas e mais horas, dias sem descanso, por pressão das editoras que os obrigam a entregar capítulos em pouco tempo sob a ameaça de seus trabalhos serem esquecidos pelos fãs e não serem mais publicados.

Além disso, ele fumava muito. Este tipo de trabalho exaustivo é o motivo de muitos mangás, as vezes, entrarem em longos períodos de hiato. As pessoas precisam descansar!

Porém, estamos aqui para falar sobre a última obra do autor que, infelizmente, não pode ver o resultado de seus esforços: o anime Dragon Ball Daima e a adaptação de Sand Land.

Sand Land é uma história original, que não tem (talvez por falta de tempo) nenhuma relação com o universo de Dragon Ball, embora você reconheça alguns personagens que podem ser similar e bem poderiam ser os mesmos, já que, no final das contas, suas obras acabavam entrando no multiverso de DB, como aconteceu com Dr. Slump e Jaco: O Patrulheiro Galáctico.

Porém, se você quer acompanhar essa última obrado autor, além do anime que estreia na Netflix, você também pode jogar o jogo lançado pela Bandai que adapta a obra e você vai conhecer mais dele aqui. Vamos dizer se o jogo é bom e se vale os R$ 240 reais cobrados nele. E se tiver dúvidas, deixe um comentário.

Especificações Técnicas de Sand Land

Sand Land é um jogo com o padrão da Bandai de adaptações de animes e consegue entregar um visual bonito e bem colorido, sem cobrar muito do seu PC, mas não tem todas aquelas perfumarias dos jogos modernos como Ray Tracing e por isso não é realmente exigente, podendo facilmente rodar em qualquer PC mediano. Veja as especificações:

NomeSand Land
PlataformasPlayStation 5, PlayStation 4, Xbox Series X e Series S, Microsoft Windows
DesenvolvedorILCA
GênerosRPG, aventura e tiro
EstúdioNamco Bandai Games America Inc.

MÍNIMOS
Sistema OperacionalWindows 10
ProcessadorAMD Ryzen 5 2400G / Intel Core i5-9400F
Memória4 GB de RAM
Placa de vídeoAMD Radeon RX 590 / Nvidia GeForce GTX 1060
DirectXVersão 12
Armazenamento20 GB de espaço disponível
Outras observações1080p/60fps com configurações gráficas em “Baixo”. A taxa de quadros pode cair em cenas com muitos gráficos. – São necessários processador e sistema operacional de 64 bits.
RECOMENDADOS
Sistema OperacionalWindows 11
ProcessadorAMD Ryzen 5 2400G / Intel Core i5-9400F
Memória8 GB de RAM
Placa de vídeoAMD Radeon RX Vega 56 / Nvidia GeForce GTX 1660 Ti / Intel Arc A750
DirectXVersão 12
Armazenamento20 GB de espaço disponível
Outras observações1080p/60fps com configurações gráficas em “Alto”. A taxa de quadros pode cair em cenas com muitos gráficos. – São necessários processador e sistema operacional de 64 bits. – Windows 10 (versão 1809 ou posterior) e uma GPU VRAM de 4 GB (placa gráfica ou placa de vídeo) são necessários para API DirectX 12.

Dragon Ball + Mad Max

“Sand Land” é uma obra fascinante e única criada pelo renomado mangaká Akira Toriyama, mais conhecido por ser o criador do icônico “Dragon Ball”. Publicado originalmente em 2000 na revista Weekly Shonen Jump, “Sand Land” é uma história curta de apenas uma edição, composta por 15 capítulos.

Sand land
Um doninha, um centauro e um menino rosa. Sim, isso são demônios.

A trama de “Sand Land” se passa em um mundo desértico pós-apocalíptico, onde a água tornou-se um recurso escasso e valioso. O enredo segue os eventos que se desenrolam após um jovem demônio chamado Beelzebub, e seus companheiros que viajam em um tanque de guerra. São eles um demônio idoso chamado Thief e o xerife humano, Rao, que foram incumbidos de encontrar uma fonte de água, o lendário Oásis, em meio a terra seca e árida de Sand Land.

A narrativa mergulha os leitores em um universo distópico, onde a civilização foi reduzida a uma sociedade rudimentar e brutal, onde gangues de bandidos e tiranos controlam os recursos preciosos que restaram. Em sua jornada, Beelzebub, Rao e Thief enfrentam inúmeros perigos e desafios, incluindo confrontos com outras facções, criaturas estranhas e os próprios segredos sombrios do mundo em que vivem.

Um Deserto cheio de Demônios

O jogo inicia com a visão de um enorme deserto, e sim, vai ter muito deserto no jogo, e um carro de um exército transportando algumas coisas. Comida, mantimentos e principalmente água, é claro. Longe dali, uma criatura estranha observa a aproximação do carro e vai chamar seus comparsas que estão escondidos e jogando videogame, entre esses comparsas há criaturas místicas como centauros, fantasmas e uma doninha com uma foice e outras criaturas do folclore japonês.

Sand land
O rei dos demônios

Eles se preparam para ir atrás do carro, render os guardas e roubar a água. O líder deles é o príncipe dos demônios, conhecido como Belzebud, que consegue sem nenhum esforço derrotar os dois soldados mesmo sendo atacado e tomando um tiro na cabeça que não fez nenhum arranhão (exatamente como aquele que Bulma acertou em Goku no episódio 1 de Dragon Ball). Com os guardas facilmente rendidos, eles levam os recursos e a água embora, com Belzebud falando sobre o quanto ele não gostava dos humanos.

Porém, como podíamos imaginar, isso é apenas uma fachada do príncipe demônio, pois, no meio do caminho, eles encontram uma criança humana que não tinha mais água em seu poço e ele se encarrega de doar algumas garrafas.

Quem eu vou atormentar se ele não crescer?”, foi a desculpa dele. Com mantimentos e água em mãos, eles chegam a Vila dos Demônios, onde ele distribui água entre os habitantes.

Eles escutam um som estranho vindo do lado de fora da vila e veem um carro se aproximando, com um humano nele. Este é Rao, um xerife da vila dos humanos, que vem pedir ajuda de um poderoso demônio para atravessar o deserto e encontrar o lendário Oásis, uma enorme fonte de água limpa que poderia resolver os problemas de todos. Belzebud, no começo resiste a ideia, mas o xerife oferece para ele (além da água) um console de videogame. Com isso, o príncipe se empolga com a ideia de viajar, mas precisa de permissão de seu pai, Lucifer (que é igualzinho o Dabura, de Dragon Ball Z).

Com o time formado, Belzebud convoca o velho Thief, que é muito bom em roubar as coisas, para ir junto com eles. O velho reluta em ir, tentando arrumar desculpas, mas precisa obedecer o príncipe acaba subindo no carro. E assim começa a jornada dos três viajantes em busca do Oásis Lendário.

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Padrão Bandai de Qualidade

Vendo os jogos da Bandai que adaptam animes, e são muitos, a gente percebe que eles aparentemente possuem um padrão. Dá para ver que os jogos têm uma mesma receita, ele tem um padrão de gráficos parecido, movimentação dos personagens são parecidas, uma interface similar e outras coisas que dão a impressão que eles pegam um mesmo pacote de personagens semiprontos e só jogam uma “capa do anime da vez” por cima e está pronto o game. Isso faz dele um jogo ruim? Não, mas apenas deixa você com a sensação de “eu já vi isso”.

No ponto mais básico do jogo, Sand Land é um jogo de ação “padrão Bandai”, com elementos de RPG em um mundo aberto. Você ataca inimigos, recolhe pedaços dele, pedaços de pedra, de cactus, de qualquer coisa que encontra pelo caminho, abre baús e vai se deslocando do ponto A ao ponto B socando tudo que encontra pela frente.

Em alguns momentos você alterna entre os personagens, sendo o Thief um personagem mais furtivo e Rao nos momentos de dirigibilidade de veículos, além dele também te ajudar nos combates com alguns tiros, mas não fique contando com eles. Você acumula XP e compra novas habilidades para seus personagens, como em um RPG, mas não há equipamentos para serem equipados ou novas armas.

Sand land
Um tanque que pula

O que você pode equipar e evoluir é o tanque de guerra que é usado para explorar o mundo. Você pode ganhar melhorias para vários pedaços dele, como as esteiras, canhão, armadura mais resistente e etc.

Lutar contra inimigos usando sua coleção de veículos é um destaque e, compreensivelmente, o foco do jogo. Apesar do foco no combate de veículos, a ação parece mais próxima de um jogo de tiro em terceira pessoa e faz um bom trabalho ao passar estilos de controle entre veículos diferentes.

O processo de atualização da cidade de Spino, a base que você constroí ao longo da sua aventura, também é divertida. Completar missões secundárias (muitas delas apresentando pequenas histórias e personagens genuinamente interessantes) traz novas pessoas para a cidade em crescimento. Salvar um pintor no meio do deserto, por exemplo, abre uma loja onde você pode pintar e decalques em seus veículos. Você pode até decorar a cidade com móveis e outras coisas.

Talvez, como disse acima, por ser um jogo “enlatado” da Bandai e já estar muito bem polido e testado, Sand Land não apresentou falhas ou bugs, nem mesmo os visuais. Não percebi glitchs ou cai através de paredes. Nada que a gente costuma ver em jogos de mundo aberto. É um ponto muito positivo para ele.

Afinal é Bom ou Não?

No final das contas, Sand Land é um jogo bastante sólido e bom, sem nenhum bug que eu tenha encontrado e entrega um mundo ao estilo Mad Max mas como charme de Akira Toryama. Os personagens não chegam aos níveis de poder dos guerreiros Z, mas são bastante divertidos, lembrando um pouco a fase clássica do anime, com comédia (nas aquelas piadas sexuais dos anos 80 que envelheceram mal) e ação, inimigos extravagantes, como gente vestida de ursinho, homens musculosos de sunga e outras coisas que você olha e pensa “mas oque está acontecendo?”

Sand land
Os típicos personagens de Toryama

Ao mesmo tempo que o jogo é muito bom e bem-acabado, ainda é um game relativamente curto, de cerca de 20 horas, com sua missão principal que segue o arco da história do mangá e do anime, mas se estende com missões secundárias repetitivas de “vá até um lugar e pegue um item”, vá e entregue o item”, vá e mate X monstros” e outras coisas que você vai cansar em pouco tempo.

Dirigir os veículos dá um refresco nessa repetição, pois há uma boa variedade deles, que vão desde motos, veículos que pulam como sapos e os tanques de guerra. O jogo também não é difícil e as batalhas com chefes são mais complicadas por causa das armadilhas que muitas vezes permeiam a arena de combate ou pelo monte de inimigos que aparecem ao mesmo tempo do que necessariamente pelo chefe em si.

Porém, temos que admitir que tudo isso não é suficiente para investirmos R$ 240 num jogo que não tem muito mais o que se fazer depois de se acabar com o modo história. Não há um online, por exemplo, para batalhar de tanques com amigos, ou cooperativo para vencer tanques do exército do Rei ou qualquer coisa assim. Ele se encaixaria mais na parte de “sou tão fã do Toryama que quero ter esse jogo como uma lembrança desse grande artista”.

Talvez em uma boa promoção (o que está complicado no caso dos games da Bandai) você possa olhar com bastante carinho para esse jogo e acompanhar Belzebud, Thief e Rao pelo deserto enquanto vê algumas piadas típicas do humor de Toryama, que você vê desde a época de Chorno Trigger, Dragon Ball e Dr. Slump. No fim, se você é um grande fã, você pode deixar o controle na mesa e agradecer por esse último passeio nas viagens desse desenhista japonês que ralou tantio para chegar onde chegou, teve seus trabalhos rejeitados várias vezes e não desistiu até publicar seu primeiro mangá e dizer “sayonara, Toryama sensei”.

Sand Land

Paulo “Doido” Fabris

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Gráficos
Músicas
Jogabilidade
Diversão
Preço

Ficha Técnica

Nome: Sand Land
Plataformas: PlayStation 5, PlayStation 4, Xbox Series X e Series S, Microsoft Windows
Desenvolvedor: ILCA
Gêneros: RPG, aventura e tiro
Estúdio: Namco Bandai Games America Inc.

Prós
– Gráficos e Músicas boas
– Sem bugs
– Humor e personagens ao estilo Toryama

Contras
– Caro para um jogo curto

3.1

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